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Tensão diplomática entre Brasil e Venezuela está longe de uma solução

A cúpula do Brics realizada em Kazan, na Rússia, ficou marcada por um estopim que desencadeou tensão diplomática envolvendo Brasil e Venezuela, após o governo brasileiro vetar a entrada da Venezuela como Estado parceiro no bloco. A medida esfriou ainda mais uma relação que já não vai bem desde as eleições no país bolivarino.

O veto brasileiro foi transmitido por meio do diplomata Eduardo Paes Saboia, um diplomata de carreira que foi embaixador no Japão durante o governo de Jair Bolsonaro, claramente vinculado ao bolsonarismo.

O Brasil não justificou de forma convincente o veto ao vizinho e parceiro histórico. O presidente Lula não compareceu ao Encontro do BRICS e enviou o chanceler, Mauro Vieira, para chefiar a delegação. Segundo a chancelaria venezuelana, o Brasil assumiu a mesma postura do ex-presidente Bolsonaro, reproduzindo “ódio, a exclusão e a intolerância” contra os venezuelanos.

Caracas afirma que a decisão foi uma “punhalada nas costas” e que a medida de “ingerência” do governo brasileiro é uma forma de interferir na política interna e ferir a soberania venezuelana.

Em nota, o governo brasileiro disse respeitar a soberania de cada país, “em especial a de seus vizinhos”. O comunicado vem na esteira de uma publicação da Polícia Nacional da Venezuela, que publicou nas redes sociais uma imagem com a bandeira do Brasil e a legenda: “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”.

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