O governo de Israel está punindo o mais antigo jornal do país, o Haaretz. O jornal tem feito uma cobertura crítica do genocídio dos palestinos, colocando-se contra os abusos das forças israelenses, revelando suas mentiras, mostrando as atrocidades em Gaza, na Cisjordânia e no Líbano. O jornal chegou a defender a criação de um Estado Palestino, fazendo ver que nem todos em Israel perderam a razão.
Em seu discurso, depois de chamar o jornal de “oficial”, o ministro das comunicações, Shlomo Kar’i, explicou a decisão de proibir que receba a publicidade do governo e de cancelar todas as assinaturas de funcionários públicos e de empresas estatais. E deixou claro: o jornal não pode ser é crítico. Isso ocorre apenas dois meses depois de militares fecharem a Al Jazeera em Ramallah, obrigando ao fim das operações da emissora.
A ONU vem condenando o massacre e as ações internas do governo de Israel; o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, que se recusa a escutar qualquer voz contrária à sua. Os danos ne região já são tão grandes, que só para a ONU estima que, se o conflito terminasse hoje, a reconstrução demoraria até 2040. O volume de vidas e famílias despedaçadas é incontável, e o mundo todo assiste manifestações contrárias à ação de Israel.
Mas, mostrando total falta de sensibilidade e respeito, o SESC decidiu celebrar Israel, realizando uma mostra de cinema daquele país. Como se não bastasse, um dos filmes é uma biografia de Ben Gurion, o homem que desenhou a Nakba, a grande expulsão dos palestinos e o início do ataque étnico. Em um momento como este, esta celebração perde todo o seu sentido e aparece como cínica. Por isso, diversas instituições emitiram uma Cata Aberta de repúdio, que você pode assinar em:
https://docs.google.com/forms/d/1Zen7XEFAnx-ueI7iPiONaT48VDcx2ZsZ-OnDaENLwu0/edit?usp=drivesdk