A Venezuela realizou recentemente o exercício militar denominado “Escudo Bolivariano 2025”, que resultou no fechamento temporário da fronteira com o Brasil, especificamente na região de Roraima. A passagem foi reaberta na quinta-feira, 23 de janeiro.
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O “Escudo Bolivariano” é uma série de manobras militares convocadas pelo presidente Nicolás Maduro, com o objetivo de “garantir o respeito à Venezuela por parte de grupos que geram violência, de terroristas armados da Colômbia (…) e de todas as pessoas que ameaçam e tentam atacar a Venezuela”. Nesta edição, aproximadamente 150 mil militares e policiais participaram dos treinamentos. Maduro também liderou um treinamento de tropas em Fuerte Tiuna, Caracas, com a presença de “7.267 combatentes leais, socialistas, anti-imperialistas e profundamente chavistas”.
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Os exercícios coincidem com uma escalada de violência na Colômbia, onde confrontos entre guerrilheiros resultaram em 100 mortos e 32 mil deslocados; centenas fugiram para a Venezuela. Em resposta, Maduro solicitou um aumento na segurança fronteiriça.
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O Itamaraty considerou o exercício militar como uma “rotina”. À Rede Amazônica, afiliada local da TV Globo, o Ministério das Relações Exteriores informou que o fechamento foi decidido pelas autoridades venezuelanas “alegadamente como medida de segurança durante exercícios militares rotineiros no país”.
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Paralelamente, o Exército Brasileiro realizou exercícios militares em Roraima, na fronteira com a Venezuela, em 23 de janeiro. O objetivo principal foi avaliar um gargalo identificado em dezembro de 2023, quando militares brasileiros enfrentaram dificuldades no envio de 28 blindados para a fronteira com a Venezuela.