A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU, retomou nesta segunda-feira (3) o atendimento a migrantes venezuelanos em Boa Vista, Roraima, após uma semana de interrupção. A suspensão ocorreu devido ao corte de fundos humanitários pelo governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump. A OIM conseguiu mobilizar novos recursos para retomar suas atividades, essenciais para a Operação Acolhida, iniciativa do governo brasileiro que acolhe migrantes venezuelanos.
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A agência retomou os serviços no Posto de Triagem (PTrig) e no Posto de Recepção e Apoio (PRA), oferecendo orientação, escuta especializada e encaminhamento para serviços de saúde, assistência social e direitos trabalhistas, além de auxílio na emissão de documentos. A OIM também atua em Pacaraima, cidade fronteiriça, e nos abrigos da Operação Acolhida.
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A suspensão dos repasses dos EUA, que financiam o Bureau de População de Refugiados e Migração (PRM) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), impactou não apenas a OIM, mas também a Cáritas Brasileira, que fechou instalações sanitárias em Roraima, deixando migrantes sem acesso a banheiros, água potável e higiene básica.
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Com o retorno da OIM, migrantes como Marbeliz Leonette, de 56 anos, e Angel Cova, de 23 anos, conseguiram dar continuidade aos processos de renovação de documentos, como CPF e residência permanente. Marbeliz, que vive em Boa Vista desde 2017, expressou alívio com a retomada dos serviços, enquanto Angel destacou a importância dos documentos para abrir contas bancárias e resolver questões burocráticas.
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A OIM segue aguardando confirmação sobre a retomada total de todos os serviços oferecidos anteriormente. Enquanto isso, a Operação Acolhida continua auxiliando os migrantes recém-chegados, garantindo o ordenamento da fronteira, acolhimento e interiorização.
ONU RETOMA ATENDIMENTO A MIGRANTES EM RORAIMA
