O Ministério da Justiça francês anunciou na quinta-feira (17) a libertação do ativista libanês Georges Ibrahim Abdallah, após 41 anos de prisão. A decisão ocorre após inúmeras tentativas legais, pressão internacional e uma longa campanha de apoio popular. Ele foi preso em 1984 em Lyon por portar um passaporte argelino falso, após ser perseguido pelo Mossad israelense.
Seu advogado de defesa, Jean-Louis Chalanset, confirmou ao Al Mayadeen que sua libertação está marcada para 25 de julho. A embaixada libanesa na França já está preparando a logística para transferi-lo ao aeroporto a caminho do Líbano.
Georges Abdallah é considerado um dos presos políticos mais antigos da Europa e um símbolo da resistência anticolonial e anti-imperialista, e recebeu apoio de organizações políticas, sindicatos e ativistas de direitos humanos na Europa, no mundo árabe e na América Latina.
De acordo com as memórias do conselheiro presidencial Jacques Attali, o então presidente François Mitterrand reconheceu em 1988 que “não havia nenhuma prova legal contra Abdallah, exceto o passaporte falsificado”. Em 2003, um tribunal concedeu sua libertação, mas o promotor recorreu. Em 2005 e 2006, seus pedidos foram novamente rejeitados.