O presidente Lula condenou em discurso no 17º encontro nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília no domingo (3), o “aumento político de tarifas” de 50% imposto pelo presidente americano, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, em resposta aos processos judiciais contra o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.
“Tentar usar uma questão política para nos tributar economicamente é inaceitável”, enfatizou o líder brasileiro, acrescentando que “o presidente da República pode tributar o que quiser aqui no Brasil […], mas Trump extrapolou os limites. Ele quer acabar com o multilateralismo.”
Ele também criticou duramente o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que, de Washington, aplaudiu a assinatura por Trump do decreto presidencial que impõe tarifas de 50% ao Brasil. Segundo Lula, Eduardo em suas palavras, “lambe as botas de Trump” em troca de uma possível anistia para seu pai.
Lula afirmou que o Brasil quer negociar em pé de igualdade e que “não tem medo” de Washington e não consegue esquecer o envolvimento dos EUA em “um golpe de Estado” no Brasil. “Eles ajudaram a dar um golpe. Mas o que eu quero saber é o que vai acontecer daqui para frente”, disse.
