Médicos palestinos em Gaza alertaram na sexta-feira (8) que, sem uma intervenção urgente fornecendo alimentos e medicamentos terapêuticos, as crianças que enfrentam a fome no território sitiado podem morrer “não em semanas, na verdade, mas em dias”.
A Dra. Rana Soboh descreveu um aumento “alarmante” na desnutrição aguda grave entre crianças menores de cinco anos, particularmente no norte.
“Sabe o que aconteceu no norte de Gaza? O que testemunhei é mais do que alarmante”, disse ela, que atua como responsável pela nutrição em Gaza para a MedGlobal, uma organização humanitária com sede nos EUA que atua no enclave palestino.
Segundo ela, algumas das crianças atendidas estão tão fracas que não conseguem andar, rir, brincar, sentar-se ou mesmo chorar. “Elas chegam com infecção, diarreia, problemas de pele, desidratação grave e outras complicações, e muitas vezes não temos para onde encaminhá-las”, disse. As poucas unidades de saúde que restam estão sobrecarregadas, destruídas ou sem suprimentos.