A crise de fome na Nigéria piorou com o colapso do financiamento internacional, desencadeado por cortes feitos pelos Estados Unidos e outros países doadores. Segundo a ONU, 31 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar no país africano, o maior número do mundo. A situação é crítica no nordeste, onde a guerra de 15 anos entre insurgentes e forças militares deslocou 2,3 milhões de civis.
Até este ano, os Estados Unidos forneciam 60% da ajuda humanitária na Nigéria. Mas, em janeiro, o presidente Donald Trump congelou os fundos, deixando o país sem seu principal financiador. A isso se somaram as reduções feitas pelo Reino Unido, França, Alemanha e outros governos europeus.
De acordo com a Save the Children, 3,5 milhões de crianças precisam de tratamento para desnutrição aguda grave, embora apenas 64% dos alimentos terapêuticos necessários para superar o período crítico tenham sido cobertos.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou sobre a gravidade atual da situação, já que 600.000 crianças correm o risco de morrer devido à falta de alimentos e à vulnerabilidade a doenças comuns.
