O governo do Peru decretou, nesta quarta-feira (22/10), um Estado de Emergência por 30 dias na região metropolitana de Lima e na província constitucional do Callao. A medida, anunciada pelo presidente interino José Jerí Oré e aprovada pelo Conselho de Ministros, tem como objetivo conter a escalada da criminalidade violenta e restabelecer a ordem pública na capital e seus arredores.
A decisão tem como objetivo combater uma onda de assassinatos, roubos e crimes organizados que tem aterrorizado a população e sobrecarregado a capacidade da polícia nacional. Sob o decreto, as Forças Armadas peruanas passarão a atuar em apoio à Polícia Nacional em operações de patrulhamento e controle de segurança. A medida suspende temporariamente alguns direitos constitucionais, como a liberdade de reunião e a inviolabilidade de domicílio, para facilitar as ações das forças de segurança.
A crise no Peru não é apenas de segurança pública, mas também política. Nos últimos dez anos, o país teve sete presidentes. Todos derrubados pelo Congresso. De acordo com a Constituição Política do Peru de 1993, a Presidência da República pode ficar vaga em caso de “incapacidade temporária ou permanente do presidente, declarada pelo Congresso”.

