O Centro Palestino para a Proteção de Jornalistas afirmou no domingo (30) que um jornalista palestino preso pelas forças de ocupação foi submetido a estupro e tortura sexual dentro do centro de detenção “Sde Teiman” por um cão treinado, o que lhe causou um grave trauma psicológico que o levou a perder o equilíbrio mental por mais de dois meses, em um dos crimes mais graves documentados contra jornalistas dentro das prisões de ocupação.
No comunicado, o centro explicou que o jornalista foi levado à força, juntamente com outros sete prisioneiros, para uma área isolada dentro do campo, onde foram submetidos a agressões sexuais coletivas na presença de soldados da ocupação, alguns dos quais documentaram as agressões e zombaram das vítimas, enquanto elas estavam amarradas, vendadas e privadas de qualquer proteção legal ou humanitária.
Segundo o depoimento do jornalista, a agressão durou cerca de três minutos, seguida de um grave colapso psicológico e nervoso que se prolongou por mais de dois meses, o que foi confirmado por médicos e ativistas de direitos humanos que descreveram seu quadro como compatível com transtorno de estresse agudo e transtorno de estresse pós-traumático.

