A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), por meio de nota pública, classificou como escandaloso o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa Gaza. Elaborado em conjunto com o primeiro-ministro de “israel”, Benjamin Netanyahu, ele “tenta varrer para debaixo do tapete o maior crime cometido contra a humanidade no milênio, premia ‘israel’ por exterminar crianças de fome e diz ao mundo que genocídio compensa”, diz a entidade.
O comunicado da Fepal destaca ainda a ausência total de participação palestina na elaboração do acordo, caracterizando a proposta como uma “distopia colonial” que consolida a ocupação ilegal e mantém Gaza sob bloqueio genocidário. Para a entidade, a proposta não oferece qualquer solução política real, mas sim “capitulação ou extermínio total” para o povo palestino.
Um dos pontos mais criticados é a previsão da participação de Tony Blair como governador de Gaza, o que foi classificado como “o retorno do açougueiro de Bagdá” para administrar ruínas. A Fepal questiona qual espaço resta para negociação quando a única opção apresentada aos palestinos é a rendição incondicional perante a ameaça de fome.
Por fim, a Federação alerta que o plano de Trump representa um perigoso precedente histórico ao transformar “a chantagem do extermínio de pessoas pela fome em moeda de negociação”. O comunicado conclui que a comunidade internacional agora enfrenta o dilema de permitir que “o crime dos crimes” seja recompensado, em vez de punido, estabelecendo que genocídio compensa.