O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, anunciou nesta quarta-feira (22) o envio de mais de 20 mil militares para a região do Catatumbo, em uma operação ordenada pelo presidente Nicolás Maduro. A ação, batizada de “Operação Relâmpago do Catatumbo”, tem como objetivo declarado combater grupos narcotraficantes, garantir a segurança na fronteira com a Colômbia e “expulsar grupos geradores de violência”, respeitando os direitos humanos e a soberania nacional.
Em meio a fortes críticas aos Estados Unidos, Padrino López denunciou que Washington utiliza acusações de narcotráfico como uma “estratégia tosca e sem sentido” para pressionar países que não se subordinam aos seus interesses. “Quem não se ajoelhar e abaixar a cabeça já corre o risco de ser chamado de narcotraficante”, declarou o ministro, classificando a política externa norte-americana como uma busca pela “paz através da força”.
Ele ainda questionou a presença militar dos EUA no Caribe, alegando que a luta contra as drogas é um pretexto para controlar os recursos naturais da região. A concentração de forças militares americanas no Caribe é a maior desde a invasão do Panamá, em 1989. Padrino López finalizou reafirmando o compromisso das forças armadas com a defesa de “cada centímetro” do território venezuelano e conclamou confiança na liderança do presidente Maduro.

