O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira o início de um exercício militar de defesa que se estenderá por 72 horas em resposta ao que classificou como “ameaças externas contra a soberania nacional”. A medida tem como objetivo reforçar a capacidade de resposta do país ante possíveis agressões, particularmente provenientes dos Estados Unidos. Maduro ordenou o desdobramento imediato das Forças Armadas, da Milícia e de corpos policiais nas zonas costeiras e fronteiriças, ativando todos os equipamentos militares para a defesa de pontos estratégicos ao longo de toda a costa venezuelana.
Como parte do operativo, foram instalados sistemas de defesa antiaérea de alta tecnologia em 73 pontos estratégicos do território nacional, com cada centro de operações estendendo sua cobertura a dez zonas adicionais. O mandatário destacou o apoio de países aliados como Rússia e China no fornecimento de equipamento militar, garantindo – segundo suas declarações – que “todas as costas venezuelanas estejam cobertas”. Maduro denunciou que há aproximadamente dez semanas a Venezuela enfrenta uma guerra não apenas militar, mas também comunicacional, com efeitos diretos no acesso a plataformas digitais e campanhas de desinformação.
O presidente fez um chamado à população trabalhadora para “combater a guerra comunicacional que mantém o império através das plataformas digitais”, reafirmando que o exercício militar busca “continuar lubrificando a maquinaria para a paz”. A iniciativa representa a mais recente escalada nas tensões entre Venezuela e Estados Unidos, enquanto Caracas fortalece sua postura defensiva com apoio internacional estratégico.

