Pelo menos três ministérios do regime sionista anunciaram na quinta-feira (31) que encerrariam toda a cooperação com o jornal israelense Haaretz, após alegações feitas esta semana por seu editor e chefe do Haaretz Group, Amos Schocken. Ele disse que o governo de Israel na Cisjordânia e em Gaza é um “cruel regime de apartheid” sobre os palestinos, chamou os palestinos de “combatentes da liberdade” e pediu sanções contra os líderes de Israel.
Os comentários de Schocken foram feitos durante o discurso de abertura de uma conferência do Haaretz em Londres no domingo. Ele defendeu a solução de dois Estados, dizendo que isso não estava acontecendo porque “Israel tem um governo que se opõe ao estabelecimento de um Estado palestino”. Schocken disse que Israel estava ignorando as resoluções da ONU que declaravam a ocupação israelense como ilegal.
Em uma carta datada de 31 de outubro de 2024, o diretor-geral do Ministério de Assuntos da Diáspora, Avi Cohen-Scali, afirmou que o ministério “suspenderá todos os acordos existentes” com o Haaretz e interromperá quaisquer parcerias futuras com o grupo. Cohen-Scali condenou as declarações de Schocken, dizendo que elas incluíam “declarações extremas, infundadas e falsas, posicionando o jornal ao lado dos principais impulsionadores da deslegitimação” contra Israel.
O Ministério do Interior e o Ministério da Educação anunciaram na quinta-feira (31) que estavam tomando medidas semelhantes. O diretor-geral do Ministério da Educação escreveu em uma carta que os comentários de Schocken “contradiziam os valores do ministério da educação”, que é favorável às políticas do regime sionista contra palestinos.