Os líderes e autoridades de 56 países com raízes no império britânico se reuniram em Samoa, no Pacífico Sul, na quinta-feira (21), com a presença do Rei Charles, para debater temas como as reparações pelo papel da Inglaterra no comércio transatlântico de escravos durante os séculos XV ao XIX, período em que pelo menos 12,5 milhões de africanos foram sequestrados e transportados à força por navios e mercadores europeus e vendidos como escravos, principalmente no Brasil e no Caribe.
Durante o Encontro foi debatida e estabelecida uma pressão para que a Grã-Bretanha pague reparações pela escravidão transatlântica, uma questão antiga que recentemente vem ganhando força no mundo todo, especialmente entre os países da Comunidade do Caribe (CARICOM) e, mais recentemente, da União Africana.
O primeiro-ministro britânico, Kier Starmer, disse na segunda-feira que o Reino Unido está aberto a se envolver com líderes que queiram discutir a questão das reparações pela escravidão transatlântica histórica à mesa de discussão na cúpula, mas o assunto. A CARICOM criou uma comissão para buscar reparações de antigas potências coloniais, como Reino Unido, França e Portugal.
Os que se opõem ao pagamento de reparações dizem que os países não devem ser responsabilizados por erros históricos, enquanto os que são a favor dizem que o legado da escravidão resultou em desigualdades raciais persistentes e vastas hoje.