Um assessor do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, identificado pela mídia sionista como Eli Feldstein, é um dos vários suspeitos presos por uma suposta violação de segurança que envolveu vazamento de informações ultrasecretas. Analistas dizem que provavelmente será o maior escândalo dentro do governo israelense desde o início da guerra em Gaza.
A grande questão é se Netanyahu sabia ou estava envolvido nos vazamentos, que parecem ter como objetivo influenciar a opinião pública israelense a apoiar a posição linha-dura de Netanyahu sobre um acordo para libertar reféns mantidos pelo Hamas e estabelecer um cessar-fogo em Gaza.
Autoridades israelenses disseram que algumas semanas atrás as Forças de Defesa de Israel (IDF) pediram ao Shin Bet, a agência de inteligência interna de Israel, para abrir uma investigação depois que um relatório de inteligência bruto e ultrassecreto vazou para o tabloide alemão Bild. A reportagem do Bild se referia a um documento que teria sido redigido pelo líder do Hamas, Yahya Sinwar, e continha a estratégia do Hamas sobre as negociações do acordo de reféns e cessar-fogo.
Netanyahu negou que seu gabinete estivesse envolvido. “Ninguém do Gabinete do Primeiro-Ministro foi questionado ou preso”, disse ele em uma declaração. O escândalo provavelmente aprofundará a desconfiança e a tensão entre Netanyahu e as IDF e os serviços de inteligência, que vêm crescendo desde as falhas de segurança em torno dos ataques do Hamas em Israel em 7 de outubro.
