O mufti egípcio, Nazir Ayad, condenou na quinta-feira (10) uma visita a Israel de um grupo que ele descreveu como “aqueles que se promovem como figuras religiosas”, chamando-a de “um investimento político barato usando trajes clericais falsos para embelezar a imagem de uma entidade ocupante sangrenta”.
Em uma declaração contundente, Ayad rejeitou a visita da delegação, que ocorreu poucos dias depois de al-Azhar, o mais alto órgão religioso do Egito, também ter expressado condenação. A delegação dos “líderes religiosos” da França, Bélgica, Holanda, Itália e Reino Unido foi recebida na segunda-feira (7) pelo presidente israelense Isaac Herzog.
“Acompanhei com profundo pesar esta visita vergonhosa feita por um grupo que se promove como figuras religiosas — pessoas que venderam suas consciências por pouco e se envolveram falsamente no manto da religião, apenas para se apresentarem diante dos líderes da entidade sionista em uma cena vergonhosa.”
Ayad acusou o grupo de promover uma “falsa paz e um diálogo manchado com o sangue de inocentes”. “Eles repetem esses slogans vazios em meio aos escombros de casas, aos corpos de crianças e aos gritos de mães em Gaza — Gaza, que enfrenta o extermínio há quase dois anos — sem nem piscar”, disse Nazir Ayad.
