A Polícia Federal indiciou na quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por crimes contra o Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, no bojo do inquérito que apura a articulação pró-golpe para impedir a posse de Lula (PT) e se manter no poder. O relatório foi encaminha ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Os crimes apontados pela corporação incluem golpe de Estado (4 a 12 anos de prisão), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão) e organização criminosa (3 a 8 anos de prisão).
O inquérito concluiu que uma organização criminosa atuou de forma coordenada na tentativa de um golpe para manter Bolsonaro na presidência, após sua derrota na eleição de 2022. A investigação vinha sendo feita desde o ano passado e foi concluída com a prisão de 4 militares e um policial federal, acusados de planejar e tentar matar o presidente e vice eleitos, Lula e Alkmin, e o ministro do STF, Alexandre de Morais.
Entre os indiciados estão, entre outros, os ex-ministros general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, que esteve à frente da Casa Civil e da Defesa e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A denúncia da PF tem mais de 800 páginas e o desfecho ficará à cargo da Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se pede novas diligências, denuncia os investigados ou solicita o arquivamento do caso.
