Um novo relatório israelense alegando que o Hamas usou violência sexual como uma “arma de guerra”, durante os ataques de 7 de outubro, está enfrentando um novo escrutínio depois que Relatora Especial da ONU sobre violência contra mulheres e meninas, Reem Alsalem, disse que não há evidências independentes para a alegação israelense.
“Tenho conhecimento de que nem a Comissão [da ONU] nem qualquer outro mecanismo independente de direitos humanos estabeleceu que violência sexual ou de gênero, foi cometida contra israelenses em ou desde 7 de outubro como uma ferramenta sistemática de guerra ou como uma ferramenta de genocídio”, disse Reem Alsalem.
Os comentários de Alsalem foram feitos em resposta à publicação de “Uma Busca por Justiça”, um novo relatório escrito por especialistas jurídicos e de gênero israelenses do Projeto Dinah, que alega que a violência sexual foi uma tática coordenada usada pelo Hamas durante sua incursão no sul de Israel em 7 de outubro.
O Hamas negou ter cometido qualquer crime sexual durante o ataque, que deixou mais de 1.200 israelenses mortos. No entanto, acredita-se que um número significativo dessas mortes tenha sido resultado do uso, por “Israel”, da chamada “Diretiva Hannibal” — um controverso protocolo militar criado para impedir a captura de soldados ou civis israelenses, mesmo que isso custe suas vidas.
