Dois funcionários foram demitidos pela Microsoft por telefone, poucas horas depois de realizarem uma vigília na hora do almoço no campus da empresa em Redmond, Washington, para mostrar solidariedade aos palestinos mortos pelas forças de ocupação israelenses na Faixa de Gaza. A demissão deles foi revelada nas redes sociais pelo Stop Antisemitism, mais de uma hora antes deles receberem a notificação oficial da Microsoft.
Os funcionários demitidos pela empresa americana reconhecida internacionalmente seriam membros de uma coalizão de funcionários anti-Israel chamada “No Azure for Apartheid”, que se opunha à venda da tecnologia de computação em nuvem da Microsoft para o regime israelense.
Eles já haviam organizado uma comemoração aos mártires de Gaza na sede da empresa em Seattle. “Temos muitos membros da comunidade dentro da Microsoft que perderam familiares, amigos ou entes queridos”, disse Abdo Mohamed, pesquisador e cientista de dados demitido pela Microsoft.
Hossam Nasr, outro funcionário demitido, explicou que a vigília teve como objetivo homenagear as vítimas da violência em Gaza e chamar a atenção para a cumplicidade da Microsoft no genocídio em andamento em Gaza, devido à sua tecnologia estar sendo utilizada pelos militares israelenses.