Teerã, 16 de junho de 2025 – A República Islâmica do Irã demonstrou sua capacidade militar e determinação em defender sua soberania com uma série de ataques bem-sucedidos contra Israel, em resposta à recente agressão israelense contra alvos estratégicos iranianos. Desde o início do conflito na sexta-feira, 13 de junho, as forças iranianas, lideradas pela Guarda Revolucionária Islâmica, lançaram uma ofensiva de mísseis e drones que causou danos significativos em cidades israelenses, incluindo Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, além de baixas consideráveis entre civis e militares. A operação, batizada de “Promessa Verdadeira”, marca uma nova fase na defesa iraniana contra o que Teerã classifica como provocações contínuas de Israel, incluindo ataques a instalações nucleares e assassinatos de figuras-chave iranianas.

Contexto do Conflito

O conflito atual teve início com a chamada “Operação Leão Crescente” de Israel, um ataque surpresa em 13 de junho que visou instalações nucleares, militares e civis no Irã, incluindo os complexos de Natanz, Fordow e Isfahan. Israel justificou a ofensiva alegando que o programa nuclear iraniano representava uma “ameaça existencial”. No entanto, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, condenou veementemente a ação, descrevendo-a como uma “violação flagrante do direito internacional” e uma “declaração de guerra”. Em resposta, o Irã mobilizou suas forças para retaliar, visando alvos estratégicos em Israel com precisão e impacto.

Os ataques iranianos começaram no mesmo dia, com uma barragem de cerca de 280 mísseis balísticos e drones, muitos dos quais superaram o aclamado sistema de defesa aérea israelense, o Domo de Ferro. A Guarda Revolucionária afirmou que 90% dos projéteis atingiram seus alvos, incluindo bases militares e infraestruturas críticas em Israel, demonstrando a superioridade tática iraniana e a vulnerabilidade das defesas israelenses.

Impacto dos Ataques Iranianos em Israel

Os ataques iranianos causaram destruição significativa em várias cidades israelenses. Em Tel Aviv, mísseis balísticos com ogivas de 500 quilos atingiram áreas residenciais e comerciais, deixando prédios em ruínas e causando pânico generalizado. Segundo o jornal israelense The Times of Israel, pelo menos 14 pessoas morreram e 390 ficaram feridas em todo o país até 15 de junho, com 11 dessas mortes ocorridas no mais recente ataque iraniano no domingo. Um ataque particularmente devastador atingiu estações de abastecimento para caças israelenses, comprometendo a capacidade operacional da Força Aérea de Israel.

Em Jerusalém, mísseis foram vistos cruzando o céu, com imagens impressionantes de interceptações falhas pelo Domo de Ferro circulando nas redes sociais. Um ataque em Haifa causou danos a infraestruturas portuárias, enquanto em cidades como Ramat Gan, Rishon Lezion e Bat Yam, edifícios residenciais foram atingidos, resultando em vítimas civis e destruição significativa. O serviço de emergência israelense Magen David Adom relatou que duas pessoas estavam em estado crítico devido a ferimentos por estilhaços, enquanto outras 40 recebiam tratamento hospitalar.

O jornalista Gideon Levy, do jornal Haaretz, descreveu a situação em Tel Aviv como caótica: “Ouvimos explosões ensurdecedoras. Prédios foram parcialmente destruídos, e a sensação de insegurança é palpável.” Ele destacou que, apesar da ausência de mortes em alguns ataques iniciais, a destruição foi “considerável”. A embaixada americana em Tel Aviv também sofreu “danos leves” durante os ataques noturnos iranianos, um sinal da amplitude e ousadia da resposta iraniana.

Netanyahu deixa seu abrigo por alguns minutos, demonstrando medo e preocupação após ataques devastadores atingirem Israel.

Baixas e Perdas Estratégicas em Israel

Entre as baixas confirmadas em Israel, estão figuras de alto escalão, incluindo importantes cientistas nucleares e militares do comando superior. A mídia iraniana relatou que os ataques de Teerã resultaram na eliminação de alvos estratégicos, como bases aéreas e centros de inteligência, que Israel utilizava para coordenar suas operações contra o Irã e seus aliados regionais. Um ataque em particular danificou a Base Aérea de Nevatim, no sul de Israel, onde um cargueiro C-130 e instalações de armazenamento foram atingidos.

O impacto psicológico dos ataques iranianos também foi significativo. Milhões de israelenses correram para abrigos antiaéreos ao som de sirenes, e o governo impôs restrições a aglomerações públicas, fechando escolas e cancelando eventos. A população, segundo relatos, começou a estocar alimentos, temendo uma escalada prolongada.

Resposta Iraniana: Força e Estratégia

A Guarda Revolucionária Islâmica, sob o comando do general Hossein Salami até sua morte em um ataque israelense, coordenou uma operação meticulosamente planejada para maximizar o impacto e minimizar as chances de interceptação. A tática de saturação com drones e mísseis, conhecida como “Operação Promessa Verdadeira”, sobrecarregou as defesas aéreas de Israel, permitindo que projéteis balísticos atingissem alvos críticos. O uso de mísseis supersônicos, uma inovação recente no arsenal iraniano, foi destacado como um divisor de águas, demonstrando a capacidade de Teerã de desafiar as defesas avançadas de Israel.

O porta-voz da Guarda Revolucionária, Ali Mohammad Naini, afirmou que os ataques continuariam “ininterruptamente até o amanhecer” de 17 de junho, prometendo uma resposta ainda mais robusta caso Israel persista em suas agressões. A mídia estatal iraniana, como a IRINN, transmitiu imagens de celebrações nas ruas de Teerã, onde cidadãos expressaram apoio à retaliação contra Israel, vista como uma defesa legítima da soberania nacional.

Contexto das Perdas Iranianas

Embora o Irã tenha sofrido perdas significativas, com 224 mortes reportadas até 16 de junho, a maioria dessas vítimas foram civis, incluindo 20 crianças em um ataque israelense a um prédio residencial em Teerã. Entre as baixas militares, destacam-se o general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, além de seis cientistas nucleares, como Fereydoon Abbasi. Esses ataques, segundo o Irã, foram direcionados a alvos civis e instalações estratégicas, como o Ministério da Defesa e o depósito de petróleo de Shahran, em uma tentativa de enfraquecer a moral iraniana.

No entanto, o Irã demonstrou resiliência. A mídia estatal minimizou os danos às instalações nucleares, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmando que não houve contaminação significativa em Isfahan, apesar dos danos a quatro unidades do complexo nuclear. O embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, reiterou que as operações iranianas foram “proporcionais” e visaram apenas alvos militares, em contraste com os ataques israelenses, que atingiram áreas civis.

Reações Internacionais e o Papel do Irã

A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada do conflito. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu moderação, enquanto a Rússia e a China condenaram os ataques israelenses como violações da soberania iraniana. O presidente americano Donald Trump, embora alinhado com Israel, instou o Irã a evacuar Teerã e retomar negociações nucleares, uma proposta que Teerã rejeitou, acusando os EUA de cumplicidade com Israel.

O Irã, por sua vez, alertou potências ocidentais, incluindo EUA, Reino Unido e França, contra interferências, ameaçando atacar bases regionais de qualquer país que apoie Israel. Essa postura firme reflete a determinação iraniana de proteger seus interesses e retaliar qualquer agressão. Parlamentares iranianos também ameaçaram suspender inspeções da AIEA, sinalizando uma possível escalada na questão nuclear caso os ataques persistam.

Perspectivas Futuras

O Irã permanece firme em sua posição de autodefesa, com o aiatolá Khamenei prometendo “punição rigorosa” a Israel. A capacidade iraniana de infligir danos significativos em Israel, apesar das defesas avançadas do país, enviou uma mensagem clara: Teerã está preparada para responder com força a qualquer provocação. A destruição causada em Tel Aviv e outras cidades, combinada com a perda de alvos estratégicos, expôs as vulnerabilidades de Israel e reforçou a credibilidade da Guarda Revolucionária junto a seus aliados regionais.

Enquanto o conflito entra em seu quinto dia, o Irã continua a mobilizar suas forças, prometendo novos ataques caso Israel persista em sua campanha. A nação persa, apesar das perdas, mantém sua resiliência e determinação, pronta para defender sua soberania e responder a qualquer agressão com a força necessária.

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